Lá vem a neve do topo da montanha
Capaz de acabar com qualquer manha
Pelo volume se faz e se refaz tamanha
E usa e abusa de toda a artes e manhas
A meu lado você de manha. Estranha
Diante dos meus olhos se acanha
Indiferente ao suor que lhe banha
Nesta ação natural de barganha
Pela janela é só, a neve branca, olhar
Se quiser fica ali do lado da lareira
E ver o tempo em branco se mostrar
Eu, um sem eira e nem beira, como queira,
deitado no tapete branco em sonho delirar
Na cabana com ela na noite primeira.
(Sartório Wilen)
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