O meu olhar no horizonte não vê saída
Chegou e levou de mim metade extraída
A que ela roubou era a parte mais feliz
A que restou é a porção sofrida e infeliz
Não a vejo quando abro porta ou janela
Só vultos e que se confundem com ela
Ora são suas coxas que me apetitam
Ora são suas mãos que me visitam
É como estar num mar de infinitos: a solidão!
O estágio é como canoa, o corpo fica a alma voa!
Como náufrago a viver e a vagar na imensidão.
É o seguir do corpo no sentir o ar da brisa à toa!
É a alma em desassossego, desnuda e em vão!
É um perambular pelo ar sem direção a canoa
(Sartório Wilen)
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