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Sonetos e Sonetos

A poesia é o alimento do espírito!!
O leitor é o alimento do ego!!
O autor deve ser devorado pelo leitor!!!!

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Querer não é poder!!!

Estou preso há muito em mim
Tenho só a liberdade de pensar
Os pensamentos pedem montepio
Vêem dias e noites em meus anos

É difícil suportar uma dor assim
O mundo real não nos deixa amar
O corpo requer da emoção o arrepio
Meu coração até se perdeu em planos

Olho no mapa é grande a distância
Mas eu tenho direito de beijá-la
Meu amor me espera o ano inteiro

Deus! Até quando aguentarei esta ânsia
Tenho preparado eternamente a mala
Sofro por praga desse morfético dinheiro!
(Sartório Wilen)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Lado A e lado B !!

Amei a garota como um passa-tempo
Ah!! Aquela garota! Como o tempo passa...
Foi por poucas horas como um ventilador
Agora depois de perdê-la nada ventila a dor

Naquele tempo eu via beleza num gira-sol
Hoje, com a ausencia, nem sei se o sol gira
Para conquista-la usei palavras-chave
Nesta solidão perdi a chave das palavras

Estou de mal a pior sou um giramundo
E abandonado tanto faz se o mundo gira
Passou o tempo nem sei se mal-me-quer

Muito menos se mudou para bem-me-quer
Ja tive dinheiro e já perguntei: - Quer qual?
Hoje sou um nada, um verdadeiro Qualquer
(Sartório Wilen)

Privilégio da maioria!!!

Sou um careca sim e daí?
Diferenciado pela natureza
Referência em qualquer lugar
Sou econômico no shampoo

Vivo sempre de cabeça fria
No verão ou no inverno
Brilho em qualquer lugar
Não gasto em cabeleireiro

É dos carecas que elas gostam
Dizia assim a música dos anos 40
Confirma o sucesso na melodia

Com o sucesso dos carecas
É um prazer ser um deles
Não é privilégio! Você será um!!!
(Sartório Wilen)

Infinito enquanto durou!!!

Adolescente é uma coisa espantosa
De manhã me pega com brutalidade
Me sacode me atira e pisa em cima
Não consigo lutar contra minha sina

Chega da escola é a mesma coisa
Me atira em qualquer canto
Banho? Já faz meses que nem sei
Estou fedido como uma catinga

Esse dias ele me levou ao shopping
Vi meu parente distante na estante
Sorriu para ele e eu me vi apurado

Não deu outra quando chegamos
Meu parente assumiu o meu lugar!
Eu, um Tênis, novo morador do lixo.
(Sartorio Wilen)

domingo, 27 de dezembro de 2009

Se...

Se for para roubar que seja uma noite
Se for para roubar que seja um beijo
Se for para roubar que seja um tempo
Se for para roubar que seja a sorte

Se for para ganhar que seja uma noite
Se for para ganhar que seja um beijo
Se for para ganhar que seja um tempo
Se for para ganhar que seja a sorte

Se for para gastar que seja a alegria
Se for para queimar que seja gordura
Se for para comprar que seja paz

Se for para dormir que seja tranquilo
Se for para amar que seja a vez única
Se nada for? Amarei uma boa cerveja!!!
(Sartório Wilen)

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A esperança do Natal

Natal é uma data festiva para todos
Natal é uma data divina e de aniversários
Em muitos lares as festas são engodos
Irmão e irmã estão mais para adversários

Bebem tudo, falam de todos até o nó na língua
Não se importam com o significado santo
Degladiam entre si e os pais ficam a míngua
E provocam na sociedade só pequeno espanto

A cada ano torcemos para que seja melhor
Mas parece que a coisa está indo para o pior
Está faltando mais consideração com o bem

A luta é de que sempre no ano que vem
Alinhar os pensamentos ao que Deus quis
Deixar o ódio, amar e cada vez mais ser feliz!!!
(Sartório Wilen)

Desassossego!!!

O telefone é uma maravilhosa invenção
Aproxima as pessoas e aviva o coração
Quando se mora longe nem adianta carta
E-mail? Não satisfaz mais, até nos aparta

Quando se ama é também a mesma coisa
Vira um embassamento e coisa e loisa
O coração não entende disso e de tudo
Emburra e faz beicinho, bravo fica mudo

Emoção é diferente e muito de razão
Ele quando irritado libera a sua vazão
Não há quem segure na sua loucura

Cego como um louco sai à procura
Quer porque quer na pele a sua amada
Não vê distância, nem sequer caminhada
(Sartório Wilen)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Voz de veludo!!!

Eu conheço a voz passiva
Eu conheço a voz ativa
E conheço a voz reflexiva
Também a voz persuasiva

Já soube da voz do além
Das dos anjos que falam amém
Já soube da voz dos espíritos
Até mesmo da voz dos aflitos

Mas nem se compara
O meu coração dispara
Meu corpo tão frágil gela

Nada, nada, nada mais me abala
Do que quando ouço e me embala
A voz do meu amor!! É como novela!!!
(Sartório Wilen)

sábado, 19 de dezembro de 2009

Lá na cabana...

Lá na cabana o sol se desponta sem manha

Alimentado pelos seus raios, com luz e calor

Em plena sala, o silêncio do amor é que emana

O tapete branco não fala é testemunha do amor


Bocas se calam corpos úmidos sussuros intercalam

De paixão e libido e preparam uma noite de ardor

Lá na cabana a poesia e a arte se abalam

E costuram nas entranhas rimas com clamor


Amantes se procuram se beijam e depuram

Coisas inaudíveis com instantes de loucuras

Momentos de venturas suaves indizíveis tatos


Atam-se e desatam-se e não se censuram

Sentem-se potentes e arriscam às alturas

Desimportam se os amanhãs serão acetatos!

(Sartório Wilen)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O mundo é dos Nets!!!

Eu conheci uma professora Janet
Eu conheci e sofri no pé com a Joanet
Eu conheci maior invenção: Internet
Conheci a grande integração: Intranet

Eu ja comi sem gostar Rabenet
Eu já toquei sem saber Clarinet
Eu já fui da vida um Marionet
Eu já usei e abusei do Sabonet

Eu já me acidentei com Alfinet
E já pesquei com Molinet
Eu já me limpei com Cotonet


Eu ja rolei na vida com Patinet
Até ja amei uma linda Garçonet
Viu? Eu já estive no mundo dos Nets
(Sartório Wilen)

sábado, 5 de dezembro de 2009

Contaminação!!!

Você entrou como Spam no meu HD
Entrou na minha Ram e me prendeu
Via E-mail infiltrou no meu psiquê
Deixou meu PC perdido, porra meu!!!

Minha Caixa de entrada bobeou
A minha curiosidade me ferrou
O meu recado você contaminou
O meu Antivirus você enganou

Burlou o meu Sistema de segurança
Nem a atualização me protegeu
Nem lixo escapou do seu ataque

Deletei o programa e não adiantou
Nas veias do coração se eternizou
Roubou meu dados e me enfeitiçou!!
(Sartório Wilen)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Fingidor!!!

O Fingidor!
No compasso do amor
Com os passos na dor
Com os laços do ardor

O Finge dor
Se não passar pela dor
Não há compasso com o amor
Há apenas um compasso de ator

Finge com os passos do amor
Finge nos passos do ator
Finge não sofrer com a dor

Sente o frio do ardor
Sente o calor do amor
Sente da paixão o vapor
(Sartório Wilen)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Você em outras palavras!!!

Você que desacinzentou a minha vida
Poluiu as sete cores do meu arco-íris
Ensinou-me a acender a luz adormecida
Iluminou a imensa escuridão das íris

Você que todas as manhãs me faz delirar
Por entre nuvens procurando o sol beijar
Que faz com que os meus pensamentos voem
E minhas emoções transbordem e se doem

Nas minhas noites cubram o meu sedento corpo
De encantos e de magias. Ah! Você sabe tudo...
Você que sabe dos meus segredos e dos desejos

Você que ultrapassa os limites do meu corpo
E me persegue a distância em flashs e lampejos
Assim, mais ainda eu quero você e isso tudo!!
(Sartório Wilen)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Amado Jorge!!!

No firmamento na luz não demora
À constelação incorporar a Dora
Mãe, irmã, esposa e estrela guia
Do Trapiche fez uma feliz moradia

Professor na tela a imagem punha
A beleza do lugar que se impunha,
Mas as pessoas não eram contentes
Da areia trapos e pedaços das gentes

O areal - um reduto uma pátria
Capitães - um grupo uma frátria
Os filhos - perderam uma mátria

De Pedro - O fogo o coração queimou
De febre - A esposa o tempo levou
Do Bala - O guerreiro ainda restou
(Sartório Wilen)

domingo, 22 de novembro de 2009

Eu e Ela no banho!

Ela chegou, fechou a porta e tirou a blusa
Eu ali num canto só observando a cena,
Depois tirou a saia, era a coisa mais linda
Deseganchou o sutiã e os vi nu de repente

Jogou a peça num canto e me olhou séria
Segurou com a duas mãos a calcinha preta
Abaixou-a num repente e, zaz, fez-se nua
Fiquei excitado eu esperava ser chamado

Olhou-se bem no espelho e bem se admirou
Balançou os cabelos que roçou suas ancas
Examinou suas curvas de frente e de perfil

E me abraçou... Senti o calor do seu corpo
Deixou que eu o percorresse por inteiro
Sem censura... inveje este mero sabonete!!!
(Sartório Wilen)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Renascimento

Na areia macia acomodo os membros meus
A brisa cobre o meu eu cansado da procura
Meus olhos buscam no céu a ajuda de Deus
Força física e mental para as demais venturas

Acredito na sorte mais do que no trabalho
Acredito que a vida é como um jogo de azar
Se nasci pobre, não adianta olhar o baralho
Só milagre da loteria deixo a vida de penar

Reclamar nem adianta, os males não espanta!
Terei de me esforçar para mudar de classe
Estudar muito para deixar de ser uma anta

E apresentar o canudo: o famigerado social passe!
O jeito é levantar-me da areia, desatar as peias,
De mentiras encher as veias. Deixar as enleias!!
(Sartório Wilen)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Fim da Linha!!!

Aposentadoria: Bem por todos sonhado.
Amargamente muito bem representado
Pelos feitos deste indivíduo neste estado!
Contribuiu para sociedade o seu bocado.

Teve esposa, teve filhos, teve problemas
Teve ilusão alguns amores e dissabores,
Aprendizagem, empregos e desempregos!
Foi radical, foi pelego e depois moderado.

Virou-se como pode e estudou os filhos.
Bem ou mal sacudiu a poeira e deu a volta
E pena cumprida. Agora Rei pega a pensar:

Vai ganhar pouco e se quiser sobreviver
Terá de trabalhar até o corpo perecer!
Final: Físico debilitado - prefere morrer!
(Sartório Wilen)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O qual quer?

O qual quer?

Há quem diga que a fila anda
Quem manda na fila é o corpo
Há quem diga que ela desanda
Nessa reação o nosso anticorpo!

O que os olhos vêem o corpo deseja
E vem abraços e beijos e tudo mais
O pulsar, os lábios, tudo peleja
Exatamente como dois animais

Quem escolhe sem dúvida é o coração
Os olhos vêm e repercute no físico
O coração se liga no fio da emoção

O corpo é uma ligação pelo narcísico.
O coração não é coisa de pele e de tesão!!
Se for só do corpo, ele se tornará tísico!
(Sartório Wilen)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Sacarívoro!!

O homem gosta muito de falar
Mas não muito de escrever
Da fala ele pode se redimir
O ato é dotado de emoção!!

O poeta gosta de falar
Muito mais de escrever
Na escrita pode mentir
Escrever é pela razão

Eu como aprendiz da escrita gosto
Eu como aprendiz de poeta posto
E como aprendiz a palavra eu tosto

Muita teimosia em mim aposto!
A poesia sai da uva como mosto
E dessa fermentação, mais eu gosto
(Sartório Wilen)

domingo, 8 de novembro de 2009

Amor virtual!!


Você já namorou pela internet?
Me disseram que é uma delícia
Você se apaixona pela imagem
E com palavra se faz a ligação!

Muitos beijos, abraços na internet
Passeio então? dizem ser uma delícia!!
A viagem é barata, é pela imagem
O amor cresce na maior ligação.

Não ficarei só, o amor está internet
Sentirei nessa novidade a delícia!
Ficar parado sem usar a imagem?

Não! Farei deste ato a maior ligação!
Usarei, não abusarei dele na internet
Somarei a minha vida mais esta delícia
(Sartório Wilen)

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Sujeição!!

Todos querem ser um Sujeito
E todos nesta vida estão sujeito
É só ficar em qualquer lugar sujeito
Para ser um belo e propenso sujeito

Pode ser sujeito a guincho
Pode ser sujeito à multa
Pode ser sujeito suspeito
Pode ser sujeito à toa

Pode ser sujeito esperto
Pode ser sujeito certo
Pode ser sujeito aberto

Sujeito Simples
Sujeito posto com
Ou Sujeito Indeterminado...
(Sartório Wilen)

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Egolatria!!

O espelho é meu narciso companheiro
Nele procuro e me acho o dia inteiro
E meu corpo com olhos maravilhados
Vejo curvas, coxas e peitos siliconizados

Não vejo no cartão de crédito um atoleiro
Nos produtos de beleza um carcereiro
Das roupas da imagem uma escravizada
Do consumo e da beleza? Uma martirizada!

O amor? Nem dá tempo de ver passar!
Da paixão? Nem dá tempo de sentir!
Minha imagem é muito mais que tudo!!!

Mas se não me ver linda na rua passar!
Se sob o olhar alheio eu não me sentir!!
Faço plástica e me siliconizo em tudo!!!
(Sartório Wilen)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Carga pesada!!

- Lutei tanto para não revelar o segredo
Eu tenho dormido e acordado com ele
Não o revelei até agora por puro medo
Agora nem sei, porque estou falando nele

Ele vem me cozinhando o tempo todo
Saber dele me entristece o tempo todo
Nos sonhos está presente a parte e o todo
Meu receio é revela-lo e partir-se todo!!

- Desse incômodo, você terá a libertação!
Sou amiga, fale, e estou para ajuda-lo!
- Eu te amo do fundo do meu coração!!!!

Ele bate, sempre, por você não vou suportá-lo!!
- Sinto muito querido, mas o outro é o meu amor!
- Era o meu medo, agora, duas vezes sofredor...
(Sartório Wilen)

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Última canção!!

Eu acordei estava sozinho
Roupas largadas pelo chão
Lençois e fronhas sob o pinho
Dava o tom da última canção

Duas cordas voltaram ao pó
Uma desgraçada era a Ré
Faltou a corda para a nota Dó
A Sol enroscada na minha fé

O amor não estava, foi embora
Eu não o via já nem tem hora
Foi por um instante a Inspiração

Foi por um instante o meu sofrer
Minha saudade se foi, ficou a canção
Para inspirar e nortear o meu viver!
(Sartório Wilen)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Perdoe-me Zé!!!

"O tempo é o senhor da razão"
Machado diz com propriedade
Porém o coração é só emoção!
Como falar a ele sobre sobriedade?

Rirá louco como se fôssemos palhaços
Nesta luta, receberei vários estilhaços
Não tenho voz sobre as coisas do amor
Parece viciado em embebedar-se de dor

Acredito no grande escritor Machado
Mas, Caro José Maria, se você fosse vivo,
Também se sentiria um achincalhado!!

O corpo acostuma a viver atrapalhado!
E estaria como eu: Quieto! Eu sobrevivo!
Você estaria tambem quiças abestalhado!!!
(Sartório Wilen)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Alter Ego!!

Alter Ego

Parei no semáforo o meu carro logo a frente
Toda a minha gordura pelo banco esparramada
Na rua passava um moça esbelta bonita e sarada
Saí de mim e naquele corpo segui em frente

As pessoa olhavam para mim como invejosas
Eu fazia tipo de que não era observada em nada
Mas por dentro eu era as várias obras enganosas
A rua como passarela para uma criatura e um nada

No repente buzinas invadiram minha mente
Não defini, as cores se misturavam ali na frente
Por instantes era um dautônico, quiçá um demente

O vermelho sumiu o amarelo vazou e o verde veio
Senti um puxão na alma e dentro do corpo feio
Pisei no acelerador, recolhi meu desejo no alheio
(Sartório Wilen)

Verdureiro!!!

Verdureiro!!!

E vi no outro o meu eu
O outro não se viu em mim
Por mais que eu me esforce
E ele nem liga me ignora

Ele não quer sentir-se meu
Nunca desejou ver a mim
Eu ensisto e ele se torce
Persisto e ele cai fora

Já cansei de tudo é o fim
Não quero ver nele a mim
Decidi vou me revoltar!

Na eleição não vou nele votar
Seu nome vou riscar da história
Ele que vá plantar chicória!!!
(Sartório Wilen)

Sem tempo!!!

Sem tempo!!!

O tempo é dividido em três partes:
O passado, o presente e o futuro
Só de pensar já tive três infartes
Por isso um novo tempo procuro

O tempo presente nem poderia ser o já
O agora é o presente, segundos depois
Num passado se transforma e não dá
para o sentir sozinho e nem a dois

O já num segundo ou num picar foi-se
Como vida em uma lámina de uma foice
Ou atirada como uma qualquer num alfoice

É tão fugaz que não sinto o meu estado
O futuro e o presente fundem-se passado
A lamentar fico, diante do espelho, agoniado
(Sartório Wilen)

sábado, 24 de outubro de 2009

O Delator!!!

Estava num pic-nic com uma garota encanto
Linda, uma morena de um corpo e tanto
A beijá-la e a viver o momento na grama
Preocupa-me um flagra um instante da trama

Olhava de quando em vez para os lados
Inquietava-me a latilongitude e a titude!
Se meu amor soubesse daria a mim a conta
Pois traição uma coisa e se leva muito conta

Eis que escuto uma voz lá do alto: "Bem-te-vi!!"
Fiquei doido com a voz que queria me incriminar
Peguei o meu revólver e olhei nas árvores e no ar

Achei o delator num galho alegre a bailar
Meti-lhe um tiro no peito sem dó e nem piedade
O Ibama me prendeu e relatou tudo à sociedade
(Sartório Wilen)

Pura Lavagem!!

Pura Lavagem !!

Cai a chuva lá fora
E pinga aqui dentro
A chuva penetra no chão
A pinga penetra em meu corpo

A chuva pela sarjeta escorre
A pinga pela minha veia corre
A chuva leva a sujeira da rua
A pinga deixa a minha vida nua

A chuva alaga a cidade e transtorna tudo
A pinga me alaga a cabeça eu me desnudo
As sujeiras ficam expostas na calçada

Meus problemas expostos na calçada
A prefeitura limpa e desentope o bueiro
Recolho minhas vergonhas o tempo inteiro
(Sartório Wilen)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Comedimento!

A mania de ser adulto antes, é fria
Adulto se constrói durante o dia a dia
O jovem se acha senhor da capacidade
Ele se enconde atrás da menor idade

Sonha tanto e luta pela sua liberdade
Não percebe que ela só está presente
E acompanhada da responsabilidade
Mesmo que esteja com o pai ausente!

Não mede as consequencias da emoção
Para no depois sucumbir diante da razão
Problemas e problemas e com muitos ais

Queridos filhos! respeitem os seus pais!!
Filhos! Curta a vida, seja um ser ordeiro!!
Ou terá depois de respeitar um carcereiro.
( Sartório Wilen)

desejo ardente!!

Na minha frente está ela toda gostosa
De tecido vermelho fino transparente

Posta em minha frente para ser devorada

Imóvel a esperar, porém muito receptiva

O seu calor transcende o espaço
Sob meu olhar todo vermelho amor

Sabe que vai morrer em minhas mãos

Deitada esparramada espera da hora


A faca é o meu instrumento do prazer
Enfio-lhe a lâmina em seu ventre
O vermelho e o branco se dividem


Ela se torce toda diante do meu olhar

Minha boca cheia de puro desejo, então

Como o primeiro pedaço da parmegiana

(Sartório Wilen)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

ESPAÇO SABINA CULTURAL
Programação - Palestras
21 de out – quarta – 19h30 :“Prosa, Poesia e Música - Processo de criação.”
Prof. Ademar Oliveira de Lima
Especializado em Literatura e músico
Prof. Maurício Sérgio Dias
Mestre em História e músico


28 de out - quarta – 19h30: “De médico e louco todo mundo tem um pouco”
Reflexões sobre a saúde mental na contemporaneidade
Prof. Wilson Klain
Psicanalista, professor universitário, pós-graduado (PUC-SP) e editor do site Psicologia no Cotidiano

04 de nov – quarta – 19h30:
“Escolhas que eu faço”
Dra. Neide Abreu
Médica pediatra, terapeuta de família e casal

Local: Rua São Roque 65 - Arvore Grande - Sorocaba
Sabina Gourmet - Piso superior da Padaria Sabina

Vagas limitadas por ordem de chegada

A vida vai me levar!!


O sono me pegou de jeito
Como se dissesse bem feito
Mostrou que não sou perfeito
Vem o descanso não tem mais jeito

A vida me cobra de tudo
Me diz que sou sortudo
Por ter emprego e tudo
Por ele largo até o tudo

Como bem e não bem, bebo
Enrosco no meu engano ledo
Não consigo evitar e cedo

E sei que com isso retrocedo
Consumir a vida num enredo
E levar a vida a um degredo
(Sartório Wilen)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Dependente!!

Eu e ele, carne e unha
Ele veio muito depois
Um mais um são dois
A vida me propunha

Acolheu-me por inteira
Um amigo sem igual
Sempre tenho o seu aval
Está ali e onde eu queira

Já me levou em lugar incrível
Também a lugar horrível
Já me deixou em desnível

Mas também acessível
Para ele é imprescindível
Beber tudo em combustível
(Sartório Wilen)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Tudo conversa mole!!!

- Escrever é facil pra caramba!
- É só inventar qualquer coisa!
- O papel é bom ele aceita tudo!
Eu escutei isso por aí a fora

Peguei um papel e uma caneta
Pus a mente para funcionar
Virei e revirei a minha caixola
A minha porca torceu o rabo

Não achei rosca alguma
Nem torcendo o parafuso
E o que realmente percebi?

Me senti cansado e irritado
Veja o meu grande resultado:
Sou um escritor fracassado!!
(Sartório Wilen)

domingo, 11 de outubro de 2009

Lição da vida!!!

Veio avô , veio o pai, veio o filho!
Foi o milhão, foi o mil, foi o tostão
Veio a vó, veio a mãe, veio a filha
Foi a fazenda, foi a moda, foi a grife

Veio o dinheiro, veio o cheque, veio o cartão
Veio dívida, veio a cobrança, veio o Serasa
Veio a vergonha, isolamento e depressão
Foi chácara, foi o carro, por fim a casa.

Veio a pose, veio a arrogância e a hipocresia
Veio a luxúria, veio o prazer e o ego só crescia
Foi quando o basta não bastou para parar

Veio a escola da vida para ensinar
E redimensionar o ser hipócrita: reclicar!
Restou somente o ser pirateado a vagar
(Sartório Wilen)

Inconsequente mente!!

Meu coração vaga na vaga devagarinho
Ele não tem medo das abas que desabam
Trajadas de marcas que demarcam
Bem o seu vagar nas buscas de carinho

Ele é meu heroi e o eterno cowboy
Já montou em égua, mula e potranca
Se está a fim não importa se a mula manca
Abestalhado se atira como um playboy

Tem um lindo rosário de mulheres
Entre elas um bocado de malqueres
E uma porção significativa de bemqueres

Do meu outro lado sofro toda pressão
A cada rebento de vida pago pensão
No pagamento é data da apoquentação
(Sartório Wilen)

Nem lá e nem cá!!

Numa ata, não ata e nem desata!
Numa casa, não casa e nem descasa!
No coração nem cora, nem ação!
Paixão? Nem paixão e nem compaixão

Como ré fugiu em busca de refúgio
Como pressa agiu como reagiu
No ocaso do acaso, sem caso eu caso
Para acabar com este estranho caso

Incomoda-me o coração sem jeito
Não se acomoda numa situação cômoda
Só se atina quando mal está já feito

Não posso viver nestas variações e desvarios!
Desvencilhar-me desta situação incômoda
É meu intento, antes de não ter mais jeito
(Sartório Wilen)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Quase!!!

Voando lá no alto ela vem
Numa velocidade estonteante
Vem que eu te quero bem
Do pé de um centroavante

Posto-me no gol: o portal.
Flexiono o joelho, é a partida
Vem o impulso com força total
Num vôo em busca da rebatida

Batos asas e as mãos na frente
Cara a cara eu e ela no repente
É a bala do direto concorrente

O grito preso na garganta
A arquibancada se agiganta
As pontas de dedos a espanta
(Sartório Wilen)

Com puta dor!

Em frente ao meu computador
De frente com a minha puta dor
Tento retirar o vício arpão da dor
É um voo sem asas do arpoador

Meus olhos vidrados no monitor
Saudade persiste sem um monitor
Sofro na pele, por ser um tomador,
E que no coração só toma a dor

No teclado sou apenas um teclador
Para, com palavras, só teclar a dor
E com as rimas apenas um separador

Das sílabas poéticas sem separar a dor
Meus olhos é apenas um verificador
De amor, que nem sequer verifica a dor
(Sartório Wilen)

O samba da vida!!

Te cotuco ou não cotuco?
Cotuco aqui ou cotuco lá?
Te cotuco ou não cotuco?
Cotuco aqui ou cotuco lá?

Dizem no batuque: o Surdão,
O Reco-reco, o Tamborim,
A Cuíca, o Cavaco e Violão!
Todos para alegrar a mim

A existência e o adverso,
Nos versos e nas rimas
Soam na mais linda canção

Minha solidão vira verso
Meus problemas viram rimas
Minha história uma canção!
(Sartório Wilen)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Um olhar diferente!

Eu quero escavar dentro de ti,
É lá que está a fonte de inspiração
Achar o veio deixar transbordar
Ou mesmo até jorrar em palavras

Saciar a sede do mundo ignorante,
Que sedento está desse saber!
Do saber esquecido:do óbvio!
Do terreno, do real e do sonhado.

Deixar à mostra as suas amarguras
Deixar à mostra as suas aventuras
Deixar à mostra as suas venturas

Deixar à mostra a sua beleza,
O seu interior, a sua pureza
E gravar páginas com leveza
( Sartório Wilen)

domingo, 27 de setembro de 2009

Fim de papo!!

- Pegue um atalho ou qualquer outro desvio...
Mas que lhe traga! Chegue sem avisar...
E traga o seu encanto! Em dose cavalar
Quer um coração cansado e muito doentio!

- Não sou mais quebra-galho
Nem estou mais carminativo
Tão pouco para você eu valho
Deixei de atender o imperativo!

Se quer? Venha sem espanto
E receba todo o meu encanto
E ainda será de tanto em tanto!

Mudança: Agora é olho no olho!
Beijo por beijo! É o meu antolho
Sexo por sexo! Depois me recolho!!!
(Sartório Wilen)

Diacronização

Eu convoco Vossa Mercê para me ouvir
Não que Vóis Mercê não tenha participado
É que Vós Mecê faz parte da minha pátria
Você é meu irmão e não ficará à míngua

Se Ocê não puder ou não lhe convier admitir
Saiba: estará lá se houver palavreado
Porque é brasileiro e faz parte da mátria
Eu e temos grandes papéis nesta língua

Eu e Ocê somos responsáveis por isso
Sou um falante tanto quanto o é Você
E Vós Mecê sabe e muito bem disso!

A Língua Portuguesa vem desde a colonização
Todos os irmãos sabem inclusive Vossa Mercê
Somos as marcas eu e Vóis da diacronização
(Sartório Wilen)

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Duas em uma!

A bebida quanto mais velha melhor
Os mais entendidos do trato dizem
Se entendo de bebida? Eu sou o pior
Como um anjo só bebo e digo amém

As vezes me ponho a beber um trago
A 51 é das boas e com essa ideia eu fico
Um só beijo eu já me sinto no estrago
Corpo e prazer num átimo vai a pico

Já caio e vejo dois corpos e duas almas
Mágica das imagens de 51 em 15 virou
Esvaido e de joelho ainda estupefacto

Para a de 51 e a de 15 é só palmas
Minha cabeça e meu coração pirou
Que sóbrio sinto, ainda, estupefacto!
(Sartório Wilen)

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Cavaleiro do céu - O resgate

A viagem é longa, entretanto estou preparado
Cavalo alado, contra o tempo a arma é o verso
O meu norte é a montanha, o pico do castelo
retirar, da clausura das emoções adormecidas,

A minha princesa, para deitar ao meu lado
E cantar as boas-vindas, tratamento adverso
Do recebido, num poema simple e singelo
E com alados beijos aliviar horas compadecidas

Deitados num tapete persa de felpos brancos
Ao bel prazer e, com o meu coração aos trancos,
Regar com lágrimas, e revitalizar das cinzas, o amor

Ser seu escravo, seu amado, parceiro e benfeitor
E se perder nas emoções de uma mistura Real:
De beijos de hortelã com chocolate virtual
(Sartório Wilen)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A Montanha das minas

Lá vem a neve do topo da montanha
Capaz de acabar com qualquer manha
Pelo volume se faz e se refaz tamanha
E usa e abusa de toda a artes e manhas


A meu lado você de manha. Estranha

Diante dos meus olhos se acanha

Indiferente ao suor que lhe banha

Nesta ação natural de barganha


Pela janela é só, a neve branca, olhar

Se quiser fica ali do lado da lareira

E ver o tempo em branco se mostrar


Eu, um sem eira e nem beira, como queira,

deitado no tapete branco em sonho delirar

Na cabana com ela na noite primeira.
(Sartório Wilen)

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Tirinhas

A vaca foi para o brejo
A vaca se atolou
O boi foi para o brejo
E também se atolou

O bezerro foi para o brejo
O bezerro também se atolou
O novilha foi para o brejo
E tambem lá se atolou

Sei que parecem mentiras
As mais puras das verdades
Sempre após a meia-noite

Na insônia eu sinto o açoite
Conto a mim histórias em tiras
Nesta luta contra as adversidades
(Sartório Wilen)

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Quanto vale o seu amor?

- Quanto vale o meu amor?
- Isto é você quem sabe!
- Quanto vale o meu dissabor?
- Só seu coração quem sabe.

- Eu lhe dou o meu amor
e o mundo em uma flor!
Porém colho gastos de luxo
grandes dissabores e repuxo!

Meu coração não suporta
já está para abrir a porta
botar-lhe fora da comporta!!!

- Você chegou no valor do amor!
Para se ter alguem como amor,
tem de passar além da dor!!!
(Sartório Wilen)

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

otenoS

O céu está sob meus pés
É uma vista interessante
Eu tropeço nas estrelas

Nado nas nuvens negra
E me enxugo nas brancas
E aqueço-me pelas extranhas

O Sol não é mais meu rei
Estou sobre ele como o tal
Mas lua eu pego com a mão
Para dá-la ao meu amor!!

Porém meu amor não quer a lua
Ele quer um Micro-Ondas,
Uma Geladeira, uma Cama,
Um Carro, um C.C. e um AP!!!
(Sartório Wilen)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Desavim

Uma manada de corcel em meus pensamentos...
O tropel e os relinchos são ensurdecedores!
As crinas, as ancas, os peitos vão contra os ventos,
Na caminhada não escutam meus temores

No açoite de muitos Cavaleiros invisíveis
Num galope para o improvável é certeiro!
A Mente quer o controle dos dirigíveis!
A minha Emoção se atira como bucaneiro!!

Cavalos de toda cor e raça
Ora predador e ora caça
Não há nada que se faça

Só delira galanteios
A outros corações alheios
Até sossegar com os freios...
(Sartório Wilen)

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Amor/desejo/ódio

A ntes farra, praia, bebida e lazer
M as os olhos nos olhos ascendeu
O sentimento do viver e do sofrer
R azão foi-se a emoção prevaleceu

D aí para o flerte o tato o acontecer
E em pouco tempo se enterneceu
S em a experiência foi ao enfraquecer
E ntregou-se nos braços e desvanesceu

J ogo do amor versus o da posse perder
O vazio das noites de insônia apareceu
- Ó Deus que fiz para mim! Passou a dizer.

D ias e dias e dias num eterno sofrer
I lhas de sonhos de fatos e lembranças viveu
O hoje, no amanhã lembrar-se de esquecer
(Sartório Wilen)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Extensão do meu viver

Ao lado meu, o chamado insitente do Tel
Não vivo sem ele, é como estar sem chão
Intruso, perdulário, ameno, amargo como fel
colega, amigo, inimigo, ausente, presente... não,

Não vê, não ouve, não fala e não se intromete
Sabe de duas vidas e de quem mais se atrever
Ouvido e boca abertos, porém não se compromete
O ouvido? Nem existe para o que acontecer!!

Palavras de carinho? Ele sabe dar, mas também
Xingamentos e baboseiras é o que mais têm:
Cobranças, notícias alvissareiras e ciladas vêm

Há branco, preto, vermelho em qualquer cor
Tem fixo, móvel, por rádio ou computador
Meus telefones, por vocês eu sou todinha amor!
(Sartório Wilen)

terça-feira, 14 de julho de 2009

João Gostoso

De profissão nas feiras-livres um mero carregador
Num barracão morro da Babilônia era morador
Do bar Vinte de Novembro mais um frequentador
Pobre trabalhava alegre sem a presença da dor

Um amor lhe faltava era tudo o que queria
O coração em desatino arrumou-lhe moradia
A Raquel João gostoso amou até que um dia
Destino Lia depressa sua trajetória de agonia

No fatídico dia se mostrava alegre! Triste bebeu
Cantou e dançou como bailarino e quase esqueceu
A traição. A solução cozida no álcool amanheceu

Para Bandeira um poema para o jornal um à toa
Foi na Rodrigo de Freitas uma beleza de lagoa
O corpo afogou-se e alma subiu e até hoje voa
( Sartório Wilen)

terça-feira, 7 de julho de 2009

Acróstico e Tributo a Michael Jackson

M ichael Joseph Jackson a criança
I
nda que morto o seu som balança
C
omo cantor tornou-se um lustre
H
omem se tranformou em ilustre

A
ltivo cantor compositor bailarino
E
ncantou tanto o adulto como o menino
L
á no Olimpo bebeu e dançou com Zeus
J
á na terra de mortal virou um deus

A
lcançou na labuta da vida o estrelato
C
omo coletivo foi um agregador nato
K
m e km fez-se ouvir seu som estrato

S
ofreu na sua pele a cor e a dor
O
u preto ou o branco seja o que for
N
a morte fez-se um mito de toda cor
(Sartório Wilen)

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Só no balanço

No balanço do regaae sigo a batida do Baixo
No balanço do regaae sigo a batida da Batera
No balanço do regaae sigo a puxada da Guita
No balanço do regaae sigo a batida do Bumbo

No balanço do amor sigo a batida e me encaixo
No balanço do amor sigo como na Primavera
No balanço do amor sigo e minh'alma grita!
No balanço do amor sigo como o vôo de Jumbo

No balanço do desejo sigo a Serotonina
No balanço do desejo sigo a Dopamina
No balanço do desejo sigo a Ocitocina

No balanço do sexo sigo o torpor do prazer
No balanço do sexo sigo o pulsar e o tremer
No balanço do sexo sinto me rejuvenescer
( Sartório Wilen)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Manutenção da vida

No epicentro o núcleo da vida e da morte

Espirais circundam o umbigo por princípios

Fios circundam o ser entre a lida e a sorte

Voando os vivos vão cantando os seus vícios.


Deitada na teia esquece as veias dias sofridos

Nada faz no espaço ao tempo, senão olhar!

Um ser passa não se cuida dos olhos queridos.

Num instante de súbito a sucção do bocejar


Glúteos descansam, aguardam a hora da pança

Cabelos soltos esparramados se confundem aos fios

O imperativo dos dias cativos em rituais de dança


A visão revela na aceitação os eternos calafrios

Há a morte que fecunda a exigida perenidade.

Ah Vida!! O caminho e a sina da diversidade.

(Sartório Wilen)

sábado, 9 de maio de 2009

Dois em um

No espelho, olho os seus olhos nos olhos meus
Seus braços nos meus braços nossos abraços
Seus cabelos nos meus cabelos somos dois eus
Num só corpo e num único espaço dos espaços!

Sou você, sou eu, sou ele, sou ela e aos poucos
Pela cerca, picada, do circo emana meu ego artista
E se vê com você ao lado e de lado: dois loucos,
Com paixão, numa intensa compaixão intimista,

Renderem-se em prantos, sem encantos num canto
Sonhos, pesadelos. Uma verdade! Na inverdade
das imagens a sobreposição e sem posição sobre!

Novos e novas, velhos e velhas virgens sob manto
Envolto de um amor platônico e sem alteridade.
Sou eu, sou você, sou eu sem você: Um ser podre!!
(Sartário Wilen)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Perenidade

Na cama arrumada a pequena boneca de louça
Uma criança alegre in locus num brincar vivia
A menina foi-se embora, num repente a moça
O sangue distinto em seu corpo um sinal tangia

Na parede, um cantor de rock se postava
Em plena adrenalina ouvia cantigas de amor
Um choro implodiu uma vida e o branco vasava
Pela mulher, a moça foi-se sem nenhum rancor

Móveis? O brilho dormia! Na garganta? Nó!
Início do canto final agora em execução
Outro espaço, outro choro e outra vida

Ponto final: alegrias, tristezas, rusgas, rugas e avó!
A Mulher despediu-se contente virou geração:
Com a bençao do Pai! Volta ao pó! Sina cumprida.

(Sartório Wilen)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Condenação Perpétua

Dois corpos combalidos na longa noite

Um sobre o outro sob um raio da lua

Adormeceram o amor depois do açoite

A serpente nela gravada na pele nua


Eva sobre o corpo do companheiro Adão

No ombro a marca do pecado: a serpente

Castigo da gênesis para a prole da nação

Como nasceram e viveram o de repente,


Num súbito voou a maçã e o castelo atingido

Trovões, chuvas e dilúvio foram a herança.

Igualmente o poderoso Demo saiu tangido


Gerações e gerações relutam num eterno

E vagam Adãos e Evas sem esperança

Desde a Pedra lascada ao Homem Moderno...

(Sartório Wilen)


segunda-feira, 20 de abril de 2009

Transe-lúdico

Quando em casa me disperso, tudo vira em verso

O cemitério vocabular aberto aguarda o dia do liberto

Almas penadas em feixes saltam palavras como peixes

Das mãos me escorregam e no branco da folha navegam.


O preto e o branco se unem e num significante se imunem

Contra significação da pobreza e a voar alados em leveza

Em auras ao poeta circundam e em idéias fantásticas abundam

Abraços em abraços nascem versos, rimas e rimas renascem


Ressuscitar, significar é a ordem mesmo sendo desordem.

Suor da testa vira tinta, mentira ou verdade que se sinta

Poético transe-lúdico fazer a espera de um eterno acontecer


A contenda entre o A e o B e entre razão e emoção se Vê

Um todo cheio de luz na cognição se transforma e reluz

E na cova dura da lavra, enterro o poeta e salvo a palavra!

(Sartório Wilen)

sábado, 18 de abril de 2009

O poder da imagem

Ao longe miro a negra asa delta a voar
Entre as montanhas um pequeno clarão
Uma nevoa vem proteger a carne do ar
Há um ponto de luz forma de coração!

Da janela a delícia tamanha vejo
A rede preta prendendo a sereia
Logo alí no triângulo do desejo
Minha inspiração jorra pela veia

Asa delta, montanha, nevoa e veia
Coração, corpo, ar, negra teia
Arrepios e calafrios me consomem

Fechos os olhos e adormeço o puro homem
Para muitos uma imagem de consumo
Para mim uma imagem supra-sumo
(Sartório Wilen)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Um caso de demência

Dos meus atos gostaria de ter a onisciência
Já tantas e tantas vezes vivi de aparências
Só enganei a mim, o resto era pura evidência
Enjaulada e coitada perdi a independência

O direito de berrar uso com certa frequência
Não passo disso, estou atada as pendências
Estou a saber somente depois das reticências
O desânimo é absoluto, já dependo da ciência

Meu existir era uma calmaria e dormência
Nas campinas um vegetar sem consciência
Do nada emergiu voce e sem uma procedência!

Oh Deus! instalou-se e implodiu esta inocência
Haja paciência para suportar a sua ausência
Sobrevivência! Sem paciência. Perdi a resitência!!!
(Sartório Wilen)

Trans-pira-ação

O toque: As pontas dos cabelos nas ancas
Lembra: No ouvido sussurros gostosos
Imagem:Um cavalo árabe e o cio da potranca
Memória: pensamentos maliciosos e apetitosos

A pura raça de raça pura sem mistura
A fogosidade e a fogosa idade da meia idade
O tornozelo torna o zelo à preciosa a idade
A pele escura na pele branca uma tintura

Tira o fôlego põe o fôlego full ego
Respiração transpiração transe pira ação
Ação de respirar transa até pirar

Sumidade do sol da idade eu nego
A ação da imagem do coração em ação
Leva a excitar de ex-citar ao ressuscitar
(Sartório Wilen)

terça-feira, 14 de abril de 2009

Monofobia

Mesmo que eu seja a última
Mesmo que ele seja tímido
mesmo que ele esteja bêbado
mesmo que eu esteja em público

Que me acenda como lâmpada
Mesmo que seja em mágica
Mesmo que não seja príncipe
Mesmo sem beleza plástica

Mesmo que eu perca a lúdica
Mesmo que eu me torne súdita
Nem que eu derrame lágrima

Nem que seja paixão mórbida
Nem que eu não seja a única
De, loucuras, amor toda úmida
(Sartório Wilen)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Pico e Bico

Na montanha a atração é o pico

Entre os picos o vale eu cheiro

Desvario e vou a pico com o bico

Tanto êxtase me sacode inteiro


Difícil para iniciante as caminhadas

Entretanto o caminho é conhecido

Veterano chega de pernas bambeadas

No pico do bico cai adormecido


O colo é morno o coração pulsa ligeiro

Sensação agradável e de corpo cheio

Por prazer ou por Instinto distinto


A via é conhecida não pinto

É natural todos conhecem o meio

Ninguém sabe quem o foi o primeiro.

( Sartório Wilen)

sábado, 4 de abril de 2009

Devaneios

Meu corpo nu recebendo o ar
Meu corpo nu recebendo o mar
Meu corpo nu recebendo o luar
Meu corpo nu só para relaxar

Minha pele grossa para sua mão fina
Só me verá um dia se for da sua sina
Meus saltos e voos são tal como de rapina
Cabelos longos como a moda ensina

Meu corpo nu só para te excitar
Num oceano inteiro sou pequenina
Não saio nunca de meu canto mar

O sol, com sua luz, me ilumina
A lua banha em todo o meu bailar
Inexisto quando a ilusão termina!
(Sartório Wilen)

Sem querer querido

O ar gelado me cobre, o manto é de frio

Curvo-me toda no sofá em busca de calor

Sinto o meu corpo pulsar e doentio

Meu corpo pede o seu suor volúpia do amor!


Onde você está que não vem me visitar

Onde você está que não vem me beijar

Onde você está que não vem me ver

Onde você está que não vem encher


De palavras vazias, sem sentimentos.

De momentos lírico e entorpecente

De tempo perdido e de promessas vã


Amor meu! Sinto a falta de meus momentos.

Não vem? Meu coração não quer, mas sente.

Faz a solidão ser a doença na mente sã!

(Sartório Wilen)

Ente querido

Vitrine. Seu corpo ocupado com os olhos meus

As íris minhas bebiam a pele e as curvas torneadas

A Donzela! Pelo desejo e suor, é minha agora!

Cerrada, casta, sou guardiã do seu Corpo e Voz!


A noite bate a brisa fresca a mando de Zeus!

Nua, os dedos meus tocam as emoções veladas

Presa em meus braços ouço sua vibração sonora

Em meu colo, meus dedos em seu corpo grandes nós


Minutos vão, horas vêem, dias passarão! Eu e ela

O eternamente amar torna o passado mais presente

O toque dos meus dedos desata e desanda a sua fala


Átimo o seu ventre em meus dedos como passarela.

Seu corpo e o meu, no ato, transfiguram-se num ente

De ar melódico, a boca exala e no ouvido cala!!!

(Sartório Wilen)

luzimagemoção

Sem luz ou sombra foto não, não há!

Sem a sensualidade o nu belo não! ah!!

Os vãos entre pele e renda exibição há

Uma boca desesperada por degustação! ah!!!


O laço, o abraço no terraço, o cansaço há

O beber, o comer, o lamber, o tremer ah!

A luz mais luz reluz e conduz, sem luz há

O pequeno, o grande, o super, o infinito ah!


Imagem, coragem, vassalagem, voltagem há

A roupa, o corpo, a pele, o semi e nu, o sensual ah!

Olhos, olheiros, olhadas, olheiras, viseiras há


Máquina traquina, de rapina, direta ou de empina há

Homem, mulher, criança, gente, curiosos e artista há

Inspiração e dom de fotógrafo? Ah! se eu tivesse aí!

( Sartório Wilen)

Minha amiga

Tenho uma amiga inimiga das amigas minhas

Tão velha, tão grosseira, um verdadeiro bronco

Mora em mim, não a convidei e é proprietária

De meu ser tomou posse e sem ela não vivo!


Quando na cama me deito, com aquelas carinhas

Vem a desgraçada no meu leito feito tronco!

Transforma o meu eu em mulher solitária

Consome a mim e a noite no meu quarto cativo


Me vira a cabeça, meu corpo reboliça

Desassossego de horas, refém dos desejos

Me esfrego no lençol meus eternos pecados


Aos poucos me entrego toda submissa

Me abandona depois no leito como lampejos

Desmaio de prazer num quarto todo bagunçado...

(Sartório Wilen)

Notas musicais


O meu coração não cabe em Si
Sem o sorriso termina com a Dó
A minha alegria começa com a Sol
E a música se inicia em Fá

O amor se propaga em Mi
E a amizade canta-se Lá
A solidão começa com a Ré
A tristeza termina numa Dó

Sete notas musicais
Para cantar a sua vinda
Sonhada e tanto querida

Tão cantada com tantos ais
Melodia, nota bem-vinda
Versos, poesia, poeta e vida.
(Santório Wilen)